Hoje, 08 de março, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres.
A data foi firmada como uma das mais importantes do ano para relembrar a constante luta feminina em conquistar seu espaço na sociedade e direitos iguais aos homens – tendo sido instituído nos Estados Unidos em 1909, pelo Partido Socialista da América, e sagrando-se em 1917 na extinta Rússia Imperial após protestos comandados por mulheres contra a carestia, o desemprego e as condições de vida a que eram submetidas no país.
Com comemorações que se estendem em mais de cem países, a celebração também é refletido em inúmeras esferas artísticas, principalmente a musical, onde artistas femininas lutaram e continuam lutando para serem respeitadas pela arte que criam. Ora, é só nos lembrarmos de Aretha Franklin construindo um dos maiores hinos de empoderamento da história com “Respect”, bem como as propositalmente controversas investidas que Madonna promoveu desde o início da carreira para garantir respeito para ela e para as gerações posteriores.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista separando artistas e canções femininas para você ouvir no Dia Internacional das Mulheres.
Veja abaixo as nossas escolhas:
ARETHA FRANKLIN

Música: Respect
A Rainha do Soul abre nossa lista com um lugar mais do que especial: sua presença impactante no cenário musical e como símbolo de empoderamento para as mulheres negras dos Estados Unidos alcançou níveis inenarráveis, auxiliados principalmente pela icônica e atemporal “Respect” – em toda sua narcótica envolvência do jazz e do soul.

BEYONCÉ

Música: Run the World (Girls)
Who run the world? Girls! A frase da música homônima de Beyoncé, uma das maiores performers de todos os tempos, mistura electro-pop e R&B e é extremamente clara em sua mensagem: as mulheres são responsáveis por controlar o mundo e, sem elas, nada do que temos seria possível.
MADONNA

Música: Express Yourself
Madonna não é a Rainha do Pop por qualquer motivo, e sim por sua capacidade de se tornar relacionável com absolutamente qualquer tipo de narrativa fonográfica. “Express Yourself”, uma de suas músicas mais conhecidas, almeja pela união das mulheres através de frases como “não aceite o segundo lugar” ou “se expresse” para incentivar o empoderamento feminino.
LADY GAGA

Música: Scheiße
Guiada pelo icônico alemão-falso que introduz a ode ao electro-pop de ‘Born This Way’, “Scheiße” pode até ser conhecida pela fanbase de Gaga, mas deveria ter um status maior do que realmente tem no mainstream. A vibrante produção é cortesia de RedOne, um dos frequentes colaboradores, enquanto os versos pungentes variam desde uma antêmica construção feminista até uma afeição pela libertação da sexualidade e pelo empoderamento feminino.
CINDY LAUPER

Música: Girls Just Wanna Have Fun
Facilmente um dos hinos de liberdade mais conhecidos de todos os tempos, “Girls Just Wanna Have Fun” é o marco criativo da carreira de Cindy Lauper e uma faixa que é redescoberta ano após ano pelas novas gerações. Lançada em 1983, a rendição da artista ganhou reconhecimento cultural e é utilizado até hoje como um hino feminista.
RITA LEE

Música: Pagu
A icônica Rita Lee lançou o country-rock “Pagu” como um dos singles promocionais de seu aclamado álbum ‘3001’. Através de versos pungentes mascarados com uma atmosfera sutil e dissonante, Lee fala sobre a mais pura estética do feminismo, dizedo também que as mulheres podem ser o que bem entenderem: “minha força não é bruta, não sou freira, nem sou puta” é o verso que resume a jornada crítica da canção.
PITTY

Música: Desconstruindo Amélia
“Desconstruindo Amélia” abre portas para o rock nacional ao trazer aos holofotes uma história sobre uma mulher foi criada para ser dona de casa, mãe, prendada e subserviente a uma sociedade tradicionalista e patriarcal. Felizmente, coube a Pitty distorcer a imagem idealizada e obediente que os homens têm sobre as mulheres, criticando a desigualdade de gênero em todos os seus âmbitos.
IZA

Música: Dona de Mim
IZA surgiu no cenário do entretenimento brasileiro há alguns anos e ascendeu a uma fama meteórica que lhe garantiu sucessos comerciais e críticos, incluindo a autoafirmativa mistura de synth-pop e funk de “Dona de Mim”. Aqui, a cantora e compositora fala sobre, mesmo em meio a adversidades, as mulheres conseguem superar o que vier à sua frente e tirar proveito das situações mais controversas e difíceis imagináveis.
FIFTH HARMONY

Música: BO$$
Quando Fifth Harmony ainda era um grupo de extremo sucesso antes da surpreendente separação, suas músicas eram dignas de entrar para quaisquer listas de canções de empoderamento feminino. Talvez a faixa que mais represente o estilo confiante e envolvente do grupo seja “BO$$”: entrando como single do álbum ‘Reflection’, a faixa foi inclusive comparada com os primeiros trabalhos do trio Destiny’s Child.
ALICIA KEYS

Música: Girl on Fire
Exaltando um dos momentos mais pivotais de sua vida, a faixa pertence ao quinto álbum de estúdio de Alicia Keys é um microcosmos peculiar – e uma das mais marcantes e poderosas de sua explosiva carreira; tanto a versão original quanto a colaboração com Nicki Minaj exploram elementos de reafirmação como mãe, filha, artista e, principalmente, mulher – estendendo seu legado como um hino emancipatório até os dias de hoje.
SALT-N-PEPA

Música: None of Your Business
As primeiras damas do hip-hop, conhecidas como Salt-N-Pepa, não poderiam jamais ficar de fora da nossa lista. À frente de seu tempo e promeninentes nos anos 1980 e 1990, o trio levou para casa o Grammy de Melhor Performance Rap por um Duo ou Grupo pela memorável “None of Your Business”, que denuncia o slutshaming e que critica o julgamento alheio feito às mulheres.
Assista:
