No início do último mês do ano passado um assassinato a sangue-frio em Nova Iorque ganhou as páginas de notícias nos Estados Unidos. A vítima era Brian Thompson, CEO de uma empresa famosa de planos de saúde, a United Healthcare. O suposto assassino, um jovem de classe alta chamado Luigi Mangione. Reunindo o que se sabe sobre o caso – que é bem recente – o documentário média-metragem Luigi Mangione: O Assassino do CEO busca apresentar algumas perguntas sem respostas através de fatos e depoimentos.
A caça ao acusado foi algo que tomou os dias que se seguiram ao crime, chegando a conclusão em um McDonald’s situado no Estado da Pensilvânia, onde Luigi foi capturado pelas altas autoridades norte-americanas. A batalha no tribunal ainda está em andamento, fato que transforma esse produto televisivo True Crime em algo preliminar, com muito mais a se desenvolver.
O mais provável elo entre tudo é passado batido. Sem se aprofundar no debate sobre a questão dos planos de saúde – algo que volta e meia ganha profundos debates e indignação nos Estados Unidos – o curto documentário busca colocar seu foco em possibilidades de razões por trás do crime sem esquecer de traçar um perfil psicológico do acusado. Assim, acompanhamos depoimentos de especialistas, pessoas que conhecem a família de Luigi, além de uma vasta pesquisa sobre o passado dele.
O circo midiático – outro fator que ganha força – tem uma breve citação nesse projeto associado ao fato de várias pessoas protestando a favor do provável assassino. Entender essas razões – algo que essa obra não se joga com a profundidade necessária – nos leva até uma conclusão rasteira de dilema moral. Luigi Mangione: O Assassino do CEO, disponível na MAX, pode ser considerado um precipitado documentário, há muito mais por vir.
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