Março é o mês em que celebramos a história feminina, e, no dia de hoje, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres. E é claro que, em homenagem à importância que elas trazem para cada um dos setores da sociedade – e suas jornadas repletas de obstáculos e falta de oportunidades -, o CinePOP não deixaria de homenagear os grandes nomes da indústria do entretenimento.
Para tanto, separamos quinze diretoras que você precisa conhecer, seja no cinema, seja na televisão. Desde Anna Muylaert até Celine Song, aproveitamos também para mencionar seus projetos mais conhecidos.
Confira abaixo nossas escolhas:
ANNA MUYLAERT
Principais obras: Durval Discos, Que Horas Ela Volta?
A diretora brasileira Anna Muylaert é uma das mais respeitadas não apenas do circuito nacional, mas do internacional. Nome por trás de produções como ‘Durval Discos’, ‘Que Horas Ela Volta?’ e, mais recentemente, ‘O Clube das Mulheres de Negócios’, a realizadora assume as funções de direção e roteiro e preenche narrativas com uma visão única e que não pensa duas vezes antes de mergulhar de cabeça em potentes críticas sociais que soam pertinentes de uma maneira atemporal.
CELINE SONG
Principais obras: Vidas Passadas

Celine Song não apenas é uma aclamada diretora que conquistou duas indicações ao Oscar por seu trabalho em ‘Vidas Passadas’, como já trabalhou como dramaturga e firmou um nome de respeito no cenário do entretenimento. Song, inclusive, serviu como palanque de denúncia para a falta de oportunidades para diretoras em Hollywood, principalmente por não ter sido indicada à categoria de Melhor Direção nos prêmios da Academia. Neste ano, ela retorna com o aguardado longa-metragem ‘Materialists’, que já a colocou no centro dos holofotes para a próxima temporada de premiações.
AVA DUVERNAY
Principais obras: Selma, Olhos que Condenam
Ava DuVernay se tornou a primeira diretora negra a ser indicada ao Oscar por seu incrível e subestimado trabalho em ‘Selma’. Sempre trazendo representatividade às suas aclamadas obras, DuVernay também ficou responsável pela potente minissérie ‘Olhos que Condenam’, que retrata com crueza a politicagem e a corrupção por trás do sistema judiciário estadunidense, e é o principal nome por trás da série ‘Origin’.
JANE CAMPION
Principais obras: O Piano, Ataque dos Cães
Se você nunca ouviu falar de Jane Campion, está deixando de conhecer uma das maiores diretoras do cinema contemporâneo. Campion tem uma mão habilidosa para trazer dramas às telonas de maneira original e envolvente – motivo pelo qual já levou para casa o Oscar de Melhor Roteiro Original por ‘O Piano’ e o Oscar de Melhor Direção por ‘Ataque dos Cães’ (tornando-se a primeira cineasta feminina a conquistar o feito). A realizadora não apenas insurge como um emblema da luta das mulheres na sétima arte, mas também como um estandarte contra o etarismo.
SOFIA COPPOLA
Principais obras: Encontros e Desencontros, Maria Antonieta
Filha de Eleanor e Francis Ford Coppola, Sofia Coppola encontrou sua identidade artística logo com sua estreia no cenário cinematográfico, ‘As Virgens Suicidas’. Desde então, construiu uma carreira honrável que conta com os títulos ‘Encontros e Desencontros’, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Roteiro Original e uma indicação para Melhor Direção, e ‘Maria Antonieta’, icônico drama histórico que misturou presente e passado em uma colorida narrativa.
GRETA GERWIG
Principais obras: Lady Bird, Adoráveis Mulheres, Barbie
Antes de aventurar-se na direção, Greta Gerwig teve uma carreira de sólido sucesso como roteirista e atriz. Provando sua versatilidade, ela encabeçou o aclamado drama coming-of-age ‘Lady Bird’, que lhe rendeu inúmeras indicações ao Oscar e, mais recentemente, a incrível adaptação ‘Adoráveis Mulheres’, que entrou para a lista de melhores longas-metragens de diversos consórcios de imprensa. Em 2023, Gerwig encabeçou o live-action ‘Barbie’, que caiu no gosto da crítica e do público, reiterando sua visão cinematográfica única (e sendo esnobada na categoria de Melhor Direção do Oscar), além de estar preparando o reboot da saga ‘As Crônicas de Nárnia’ para a Netflix.
CHLOÉ ZHAO
Principais obras: Songs My Brothers Taught Me, Nomadland
Depois de fazer sua estreia no circuito independente com o ovacionado ‘Songs My Brothers Taught Me’, Chloé Zhao viria a repetir o feito com o favorito das premiações ‘Nomadland’. Estrelado por Frances McDormand, o longa-metragem levou para casa o prêmio de Melhor Filme no Globo de Ouro 2021 e garantiu à Zhao o prêmio de Melhor Direção (a primeira mulher asiática a conquistar o feito e a segunda no geral a ganhar a estatueta). Ela também fica responsável pela direção de ‘Os Eternos’, uma das produções mais subestimadas e mal compreendidas da Marvel Studios.
LULU WANG
Principais obras: Póstumo, A Despedida
Se você nunca ouviu falar de Lulu Wang, não sabe o que está perdendo. Uma das figuras mais proeminentes da cultura sino-estadunidense, a realizadora é conhecida por seu trabalho em ‘Póstumo’ e, principalmente, na comédia dramática ‘A Despedida’, estrelada por Awkwafina. Conquistando o mundo e diversas condecorações por sua perspectiva original sobre dramas familiares, Wang tem seu nome associado aos mais diversos gêneros do cenário do entretenimento, incluindo videoclipes e documentários.
REGINA KING
Principais obras: Scandal, Uma Noite em Miami
Regina King é um dos nomes mais prolíficos e importantes da atualidade e conseguiu sucesso nas mais diversas esferas artísticas, tanto como atriz quanto como diretora, roteirista e produtora. Além de suas múltiplas incursões em séries como ‘Scandal’, ‘Insecure’ e ‘Greenleaf’, King fez sua estreia cinematográfica na direção com o aplaudido ‘Uma Noite em Miami’, que levou para casa diversos prêmios.
CÉLINE SCIAMMA
Principais obras: Tomboy, Retrato de uma Jovem em Chamas
Conhecida por desafiar convenções de gênero e o papel da mulher na sociedade, Céline Sciamma continua a chocar o público por abordagens incríveis da relação feminina, como a fluidez de gênero em ‘Tomboy’ e o romance lésbico em ‘Retrato de uma Jovem em Chamas’ (uma das melhores obras das últimas décadas). Ela também é uma respeitada ativista que luta pelo fim da disparidade de gênero no cinema e na televisão.
AGNÈS VARDA
Principais obras: Cléo das 5 às 7, As Duas Faces da Felicidade, Varda por Agnès
É quase um crime falar sobre Agnès Varda em apenas um parágrafo. A celebrada e lendária cineasta francesa é responsável por alguns dos títulos mais revolucionários do cinema, como ‘Cléo das 5 às 7’ e ‘As Duas Faces da Felicidade’, envolvendo-se com a new wave francesa da indústria audiovisual e considerada por muitos como um dos expoentes do feminismo cultural, focando em temáticas que normalmente eram protagonizadas por personagens fortes e complexas.
LILLY E LANA WACHOWSKI
Principais obras: Matrix, Sense8, V de Vingança
Lana e Lilly Wachowski são dois dos nomes mais conhecidos da atualidade e donas de títulos muito bem recebidos pela crítica e adorados pelo público. Desde a estreia em 1999 com ‘Matrix’ até a estupenda e subestimada série ‘Sense8’, as Wachowski não são apenas grandes nomes da presença feminina no cinema e na televisão, mas também ativistas pela luta dos direitos LGBTQ+, principalmente por serem mulheres trans.
KATHRYN BIGELOW
Principais obras: Caçadores de Emoção, A Hora Mais Escura, Guerra ao Terror
Seja com a ação cult ‘Caçadores de Emoção’, seja com o thriller de guerra ‘Guerra ao Terror’, Kathryn Bigelow abriu portas para diversas cineastas depois de ter alcançado um feito considerado impossível: se tornar a primeira (e a única) mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção. Nomeada diversas vezes como uma das pessoas mais influentes do planeta, seus outros prêmios incluem um BAFTA, um DGA Award e um Critics’ Choice Award.
VERA EGITO
Principais obras: Amores Urbanos, Todxs Nós
Vera Egito é uma pioneira em diversas questões quando pensamos no escopo do entretenimento brasileiro. Seu longa-metragem mais famoso, Amores Urbanos, estreou no Festival Internacional de Miami apenas para receber aclame universal e conquistar o coração do público. Em 2020, fez história ao comandar a primeira série nacional estrelada por um personagem não-binário com ‘Todxs Nós’, da HBO, aproveitando também para falar abertamente sobre orientação sexual, gênero, identidade, cor e juventude.
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